Em relação ao "post" sobre os dois blogues dos jornalistas no desemprego, recebi este e-mail que partilho sem mais comentários:
Exmo. Sr. Jornalista
Tive a oportunidade de ler o seu último post, sobre dois blogs de dois
jornalistas no desemprego. Em relação ao segundo blog "nodesemprego", o
diário de uma jovem lutadora que não desiste de intentar os seus propósitos
de ser jornalista e de se "sentir jornalista", manifesto a minha solidariedade
em relação ao problemas dos jovens jornalistas. De facto é dificil.
Esta jovem jornalista revela um espírito de luta em querer ser feliz
profissionalmente, o que julgo ser perfeitamente legítimo. Eu própria ando a
tentar ter uma profissão que me satisfaça, apesar de nada ter a ver com
jornalismo.
Posso dizer que pessoas como sua excelência são os verdadeiros jornalistas
deste país. Pela história que nos conta, a sua carreira tem sido uma luta
contínua e acho sinceramente que deve continuar a fazê-lo, sem se deixar
demover por alguns obstáculos que parecem ser intransponíveis. Nem sempre
tudo nos corre bem e devemos ser pacientes mas sobretudo persistentes.
A sua história da ida à Russia revela mesmo isso. A insistência, a esperança
e aquilo que a jovem jornalista no desemprego refere: "o sentir ser
jornalista".
Tiro o meu chapéu a sua excelência.
No entanto, já não tenho a certeza de poder fazer o mesmo a essa pobre
rapariga. E o meu comentário é apenas um, para que possa reflectir e pensar
(algo que tenho a certeza que sabe bem fazer):
Porque é que esta rapariga paga 200 euros de prestação de carro?
Será tão importante o meio de transporte para que nos possamos "sentir"
jornalistas?
Obrigada pela sua atenção
Ass:
Uma jovem não jornalista, pobre e com carro que vale 80 euros (no seu todo) mas
que cumpre a sua função e não a impede de lutar pelo sucesso profissional.
Sem comentários:
Enviar um comentário