Em relação ao "post" anterior (imediatamente posterior a este) a propósito do jornalismo de merda, aqui fica a explicação para utilizarem o motor de busca dos diários da Assembleia da República, conforme escrevi no meu livro "Eu Sei Que Você Sabe", edições Polvo, de Novembro de 2003.
Para poderem ver os diálogos dos deputados na nossa Assembleia da República a propósito do tráfico de armas no âmbito do "Irangate", só seguindo estes passos que descrevo, pois uma simples busca por palavras-chave no "Google", ou outro qualquer motor de busca que não o interno do Parlamento, não permite aceder a estas páginas:
"Vicente Jorge Silva, como já vimos, escreveu uma crónica [no 'Expresso'] em Janeiro de 1987 a criticar a falta de um inquérito parlamentar sobre o assunto. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Pires de Miranda, de acordo com os jornais de Fevereiro, foi ao Parlamento falar sobre o assunto.
Então, politicamente, como é que tudo foi resolvido? Para responder a esta questão deixo aqui novamente uma sugestão para que seja o próprio leitor a fazer uma espécie de 'descubra você mesmo a partir de casa': ligue o seu computador à Internet e vá ao endereço da Assembleia da República, www.parlamento.pt, e escolha a opção 'Actividade Parlamentar'. Siga para 'Debates Parlamentares' e clique no ícone do 'Diário da Assembleia da República'. Escolha 'Pesquisa por texto livre' e na caixa onde diz 'Legislatura' seleccione 'Todas as legislaturas'. Por fim, onde está 'Expressão a pesquisar', escreva 'Irangate' e pressione o botão 'Enter'. Terá então à sua disposição 24 páginas, de sete Diários da Assembleia da República, com a transcrição dos diálogos entre os deputados, no Parlamento, com alusões ao caso das armas norte-americanas que passaram por Portugal.
Gostaria aqui de salientar a discussão ocorrida na Assembleia da República dois meses depois de Vicente Jorge Silva ter chamado a atenção no 'Expresso' para a necessidade de ser criada uma comissão de inquérito ao caso 'Irangate'."
Esta última, digo para quem a quiser descobrir, é a sessão de 31 de Março de 1987. Três dias antes da moção de censura do PRD, que, em Junho, acabaria por dar a primeira maioria absoluta ao PSD, e teve como uma das consequências a inviabilização do inquérito aprovado em Março.
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