Antonio Franco, director do jornal espanhol "El Periodico", explica numa crónica como foi o próprio Aznar quem lhe telefonou a garantir que a ETA era responsável pelos atentados de Madrid, poucas horas depois do sucedido, altura em que se começava a suspeitar da pista islâmica.
O director diz que "fue entonces, con la convicción de que el presidente del Gobierno de mi país era incapaz de, en el ejercicio de su cargo, darme seguridades sobre un tema sobre el que no estuviese seguro, cuando decidí el titular: El 11-M de ETA. EL PERIÓDICO cumplió de todos modos con su obligación de publicar todos los datos que tenía a su alcance. En aquella misma edición especial hecha a mediodía, en las páginas interiores tituló de forma más matizada el tema: El Gobierno acusa a ETA y califica de 'miserable' el rumor de que los autores podían ser islamistas."
Aznar poderia estar certo ou apenas mal informado?
Teria Aznar mentido deliberadamente?
Esteve então Aznar disposto a correr o risco de vir a ser desmascarado nessa mentira quando, ainda por cima, as informações que se ia conhecendo sobre os métodos do atentado e as descobertas dos indícios que apontavam para islâmicos estavam a ser cuidadosamente "geridas" pelo seu ministro do Interior?
O que levou Aznar a tomar aquela atitude de "suicídio político"?
Será que, caso Aznar tivesse dito logo que foi a al-Qaeda e a ETA, a trabalharem pela primeira vez abertamente em conjunto, isso não lhe iria garantir mais votos nas eleições?
Mas, será que neste último cenário, o PSOE iria querer manter o "pacto" de regime, correndo o risco de ser o "irresponsável" que iria iniciar a "guerra civil"??
Será que, ao fim de oito anos no poder, Aznar não saberia bem como controlar e manipular os media?
Será que Aznar e Zapatero não discutiram uma solução com o seu Rei?
Não conheço a resposta a estas perguntas, mas sei que, no fundo, depois das eleições não mudou assim tanto em Espanha, como muitos andam por aí, ingénuos, a opinar.
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