Durão Barroso foi ao congresso do PP espanhol discursar em espanhol e dizer, em nome do seu partido, mas também em nome do nosso País - em nome de todos nós, portanto - que os portugueses apoiam o PP nas próximas eleições gerais espanholas.
Depois gritou "Viva Portugal" e "Viva Espanha".
Esta atitude acabou oficialmente com a nossa independência... O tal domínio espanhol que até agora era uma suspeita ou uma ameaça real, é já uma evidência.
Sou uma pessoa que até defende uma cultura Ibérica. Acho que os dois países poderiam perfeitamente, de uma forma natural, partilhar projectos em comum, ter políticas semelhantes com vista a uma maior aproximação cultural e económica entre os dois povos.
Não posso é concordar com as situações de ingerência.
Que poder tem a mais o PP?
O PP, tal como todos os partidos políticos no mundo, é um simples partido que luta democraticamente com outros simples partidos pela legitimidade popular de dirigir a Espanha. Porque não foi Durão Barroso dizer que Portugal também trabalharia ao lado de outros partidos que saíssem legitimados pelo voto dos nossos "hermanos"?
Será que não conseguiria trabalhar com esses outros partidos como Governo de Portugal?
Que Durão Barroso vá ao congresso do PP como líder do PSD e desejar a vitória dos homens da direita espanhola, tudo bem.
É compreensível - se bem que poderia ser de evitar a confusão excessiva entre o líder de um partido e o líder de um governo. Assumir a ingerência na luta democrática espanhola e a colocar a posição do povo de Portugal - no seu todo nacional - ao lado do PP, é indigno para a nossa soberania como Nação independente e democrática!
Acredito que as pessoas no nosso País que apoiam o governo de Barroso e querem a vitória do PP, certamente não podem defender, em consciência, esta posição tão colaboracionista do líder do nosso governo para com um partido político estrangeiro...
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