A revista norte-americana "Time", que tem as meninas brasileiras de Bragança como tema de capa, também apresenta duas páginas de publicidade ao Euro2004.
Depois da revista norte-americana ter saído, o ministro Arnaut decidiu suspender a publicidade portuguesa. Esta é uma prática comum em algumas autarquias do País em relação à Imprensa local, que só tem contribuído para o atraso de todos nós... Uma prática agora "oficializada" a nível internacional, exemplo de que já começámos a exportar mediocridade, pois a produção da mesma é excedente para consumo interno.
Porém, de acordo com o que li depois, o ministro Arnaut já recebeu explicações dos reponsáveis da "Time" e a campanha publicitária vai continuar...
Era aqui que eu queria chegar...
A publicidade na "Time", como é natural, obedecerá a uma estratégia de "marketing" do Governo e da Federação Portuguesa de Futebol, presidida por Gilberto Madaíl. Uma estratégia que, obviamente, poderá até levantar legítimos interesses jornalísticos a favor do produto dos anunciantes, caso a revista decida-se pelo real interesse noticioso da questão. Tanto mais que a campanha portuguesa, por coincidência, tinha início neste mesmo polémico número da edição europeia da revista norte-americana. Quanto não se pagaria para colocar em jeito de reportagem, e não como mera publicidade, uma apelativa notícia que nos colocasse no mapa (e reparem que, na edição da "Time" europeia, está lá um mapazinho a assinalar a cidade de Bragança e a localização geográfica de Portugal ao lado da Espanha - Isto é muito importante para os demais povos europeus, assim como muitos portugueses agradeceriam ser informados caso o próximo Euro2004 fosse, por exemplo, na parte grega da ilha do Chipre.
Só que muitos poderão contestar a sugestão de uma estratégia concertada de "marketing", pois este tipo de reportagem é prejudicial para a imagem do País, visto que seremos comparados a uma qualquer Amsterdam. Aliás, a imagem de Portugal anda de rastos, até por causa da pedofilia. Basta também ver a revista francesa "Le Point" (e, já agora, a crónica de hoje de Joaquim Letria no "24horas", que aqui reproduzi no "post" anterior).
Deste modo, contraponho com a seguinte questão: então a maior parte da "malta" que vem do estrangeiro para ver os jogos da bola, prefere depois ir visitar a biblioteca do Convento de Mafra, ou não gostará antes de ir "descontrair" para um bar?
Digam-me lá quem é que foi mais beneficiado com a divulgação da notícia de que, até no interior de Portugal, numa terra sem estádios de futebol, há putas brasileiras à disposição dos visitantes estrangeiros? Nós também temos agora uma "red light zone". Como a famosa de Amsterdam. E não é nada pequena. Ocupa todo um País. Bravos e valentes governantes e dirigentes desportivos, que sabem bem o que vendem. Pobre povo, que és cada vez mais sodomizado e pagas imposto para teres o direito a assistir à tua miséria!
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