Ao ver há dia o "Big Brother 4" ouvi a apresentadora Teresa Guilherme explicar que os concorrentes iriam ao confessionário, um a um, dizer quem era a pessoa que gostavam menos. Essa pessoa seria depois o primeiro líder.
É um pouco perverso este pensamento: Escolhe quem gostas menos e esse será o mais beneficiado.
O líder tem depois direito a um quarto para si mesmo e pode convidar quem quiser.
Como evoluiu este "Big Brother" em relação aos anteriores...
As técnicas de manipulação dos sentimentos humanos está tão bem desenvolvida que o sexo entre concorrentes era apenas uma questão de dias...
Houve vozes que tentaram avisar que era anti-constitucional privar as pessoas das suas liberdades, mesmo que fosse com o consentimento das próprias (o dinheiro fala mais alto). Os jovens que concorrem não têm culpa. A televisão que emite o programa não tem culpa e a produtora que o imaginou também não tem culpa. A culpa também não é de quem vê. Ninguém tem culpa de nada. Mas existem leis que protegem pessoas da invasão da vida privada e da exploração das imagens íntimas e da exposição pública. Mas, por dinheiro, há quem esteja disposto a abdicar disso.
Então porquê preocupar-me? Porquê chatear-me a pensar se o grande arquitecto está ou não a violar alguma lei ao escrever aquilo? Para quê descer a Avenida da Liberdade com um cartaz a dizer "Não em meu nome", quando os que depois discursam já não contam para nada e, quando contavam, fizeram o que quiseram em nosso nome...
Para quê tentar vencê-los? Não é melhor juntar-se a eles?
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