Desde que comecei a escrever sobre coisas que ninguém tinha ainda lido, deixei de ser lido. A minha amiga S., que muitas vezes lê coisas que eu não leio, pede-me depois comentários.
Agradeço-lhe, por isso, o envio de mais um contributo para a discussão sobre o tal "muito mentiroso" publicada ontem no "Portugal Diário".
Remeto, portanto, para o texto já aqui publicado durante o dia de ontem, intitulado "Eu não sei mentir".
E ainda acrescento que perguntei a um colega jornalista (com altos cargos de chefia, saliente-se)porque é que no órgão de comunicação social onde ele trabalha não falavam sobre o "muito mentiroso": "Porque não merece credibilidade", foi a resposta.
Ao que eu, imediatamente e por instinto, respondi: "Por isso é que deviam falar nele!". Mas a resposta foi um vazio de silêncio.
Ele lá deve então conhecer mais da história para saber o que é ou não credível. Deve ter investigado. E depois optou por não dizer nada aos leitores que confiam no seu trabalho. E os leitores agradecem a protecção das verdades terríveis que poderiam até merecer credibilidade.
A ignorância, cara S., ainda é e será sempre a benção que nunca deveremos menosprezar.
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