No Guerra e Pás pede-se uma opinião sobre o novo filme de Alan Parker (ainda por cima, com Kevin Spacey, que eu também gosto imenso). Confesso que não é melhor dos filmes, apenas porque a certa altura tornou-se demasiado previsível. Agora, tenho a dizer que fui ver depois de ter lido algumas críticas extremamente demolidoras, onde acusavam a obra de panfletária: "Deve ser mesmo bom", pensei. E acertei.
Naquela parte em que o Dr. Gale participa no debate televisivo com o Governador do Estado do Texas sobre a pena de morte (Bush foi Governador do Estado do Texas) e é confrontado com a pergunta: "Nomeie um inocente", o Dr. Gale não o consegue fazer porque não conhece nenhum caso que pudesse apontar como exemplo. Nessa altura sabemos que ele será o inocente. Só pensei que iriam apontar o "Cow-Boy" como culpado de homicídio (em vez do suicídio da activista porque isso deu argumentos ao Governador para dizer que a execução do Dr. Gale em nada mudaria a sua posição, pois como tinha sido um golpe montado com o propósito de desacreditar a sua posição, logo, aquela era precisamente a tal excepção que lhe confirmaria a regra sobre a inocência dos condenados). Pensei que o meio milhão de dólares fosse para o "Cow-Boy" poder fugir para o estrangeiro e assumir uma nova identidade. Aquela coisa dele ir levar o dinheiro a Madrid, à ex-mulher de Gale, é que foi piroso e tirou alguma credibilidade à história. Se não fosse isso, teria gostado ainda mais.
Em relação à pena de morte, só tenho a dizer uma coisa: Se a pena de posse de arma ilegal fosse de 20 ou mais anos de prisão e os crimes com armas de fogo fossem reduzidos para apenas 10 anos, será que não morreriam menos pessoas com armas de fogo?
Não se trata de saber se somos ou não a favor da pena de morte. Trata-se é de saber como evitar sequer ter de discutir essa questão.
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