Em relação às discussões sobre a situação israelo-palestiniana, só tenho sugerir o visionamento deste filme.
É essencialmente composto por vários quadros que contam pequenas histórias tão banais, mas que batem nas raízes profundas do ser humano. E é sempre possível, apesar de tratar-se de um conflito milenar, recomeçar de novo.
Basta cumprir uma regra: Não faças ao outro o que não queres que façam a ti.
A história que costumo contar sobre este filme é aquela do homem que, todos os dias, atirava com um saco de lixo para o quintal da vizinha.
Todos os dias ele abria a porta de sua casa e atirava com o saco do seu lixo para o quintal da vizinha. E os sacos lá ficam. Amontoados.
Nós, ao vermos aquilo, pensámos que este tipo está a ser um grandessímo filho da p... E, obviamente, que estamos ao lado da vizinha que, quando nota naquela lixeira no seu jardim, imediatamente atira os sacos para a frente da porta do vizinho. "Bem feito! É claro que é assim que se faz!" - pensarão muitos de nós...
Só que o vizinho sai de casa, vê os seus sacos em frente à porta de casa, e dá-se este diálogo (que cito de memória):
- Então vizinha isso faz-se?! Porque me atiras com os sacos de lixo para a minha porta?
- Porque você atirou-os primeiro para o meu jardim!
- Então porque não vieste falar comigo? Não foi para isso que Deus nos deu a língua?!
E, dito isto, o homem vira costas e regressa a casa.
Quem ficou desarmado com esta resposta e entendeu como é que se poderia, facilmente e ainda no nosso tempo de vida, resolver um conflito de mais de mil anos, sabe do que estou a falar.
Quem não entendeu, então só posso completar: Deus deu-nos a língua para falar e inteligência para a usar.
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