Tenho pena que existam jornalistas que confessam sentir "fascínio" por teorias da conspiração. Um jornalista não deveria ficar fascinado, mas sim triste por elas existirem.
Quando há uma teoria da conspiração, isso significa que existem perguntas que os jornalistas não conseguiram investigar até descobrirem uma resposta cabal, aquela que acabasse com as dúvidas. Também é triste saber que as teorias de conspiração existem porque elas provam que as conspirações só resultam quando a Imprensa é controlada e não faz perguntas.
Por exemplo, a Imprensa "engoliu" logo a história oficial de que foi Bin Laden o autor do 11 de Setembro. Porque não perguntaram por autores alternativos? Alguém se lembrou, por exemplo, de pensar que aquilo até poderia ser uma vingança pela morte de Timothy Mc Veigh, o suposto autor do atentado ao edifício federal de Oklahoma? É que Mc Veight fora executado no dia 11 de Junho, exactamente três meses antes dos atentados, sensivelmente à mesma hora em que o primeiro avião bateu na primeira torre. Porque ninguém seguiu essa pista interna que culpava norte-americanos pelo sucedido? Deste modo, nunca teria havido a invasão do Afeganistão, nem a invasão do Iraque, nem Sérgio Vieira de Mello teria morrido daquela maneira.
Mas, enquanto as "teorias da conspiração" forem tratadas com "fascínio", como uma coisa de excêntricos, então elas continuarão a servir para encobrirem precisamente aquilo que querem revelar.
Enquanto existirem jornalistas fascinados, em vez de preocupados por elas existirem, então este mundo vai continuar a pertencer a quem não deveria pertencer.
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